Manutenção de uma trufeira / Cultura de uma planta trufeira

A condução "de um pomar" trufeiro é completamente à parte do que podemos conhecer no mundo da arboricultura frutífera. É preciso cuidar tanto da árvore como do fungo. Com efeito, a árvore é o apoio vegetal sobre o qual desenvolve-se o fungo. Será necessário portanto cuidar ao bom desenvolvimento das raizes, e sua boa saúde. Da mesma forma, o fungo que produz a trufa deve também ser cuidado. Vive em simbiose com a árvore, e também deve ser capaz de desenvolver-se corretamente.

Qualquer intervenção deverá portanto tomar em conta estes dois elementos (não se pode tratar com um antifúngico, por exemplo). É preferível praticar uma cultura raciocinada, ajudando a natureza apenas quando for necessário.

Em todos os casos, tenha cuidado em:
- Garantir à planta hóspede um bom enraizamento, com um crescimento regular.
- Permitir ao fungo manter-se em simbiose com o sistema raciniano da planta e bem colonizar o solo.

A cultura da trufa compreende essencialmente três etapas que serão tratadas de maneira diferente:
- Fase de instalação da planta
- Fase de desenvolvimento do fungo
- Fase de fructificação

Fase de instalação da planta

Fase de instalação da planta
Demora entre 1 e 3 anos, dependendo da velocidade de crescimento da planta. É essencial garantir uma boa retoma das plantas ao longo de todo o ano que segue a plantação : é uma garantia de bom desenvolvimento das árvores os anos seguintes mas é sobretudo provado que a produção de trufas é mais importante para árvores que não vegetaram os três primeiros anos.

Durante a instalação das plantas, será necessário fazer de modo que produzem um máximo de radicelas (pequenas raizes). Com efeito, é nestas radicelas que vamos reencontrar as micorrizas, ponto de partida da atividade do micélio.

Consequentemente, será necessário trabalhar no ambiente imediato das novas plantas. O solo deverá ser arejado, libertado de qualquer concorrência herbácea, humedecido razoavelmente e isento de fungos e outros parasitas.

A manutenção do solo (deservagem e ventilação)
Trabalhe de maneira superficial o solo entre as filas. Nas linhas, efectue uma deservagem manual ou química. A utilização de cobertura de palha torna esta etapa inútil.
Bine ligeiramente em superfície.

A rega
Na conduta da rega, é imperativo tomar em conta os elementos seguintes:
A essência vegetal: o carvalho que tem um sistema raciniano giratório (profundo), é menos sensível à seca que o aveleira que tem um sistema raciniano que traça (superficial).
As necessidades do fungo: a trufa é xérotermófila, ou seja que aprecia a seca e o calor. O excesso de água é mais prejudicial do que uma falta de água. O objectivo é manter o frescura em redor do torrão sem contributo excessivo.
O período do ano, e a época da de plantação:
- durante o descanso vegetativo de inverno, a planta não precisa de água
- para as plantações tardias, no início vegetativo da primavera, a necessidade de água da planta é importante a partir do mês de abril : 3 a 5 litros de água/planta podem ser necessário. Este contributo deve ser feito com uma frequência que varia em função do tipo de terreno:
- Em solo predroso filtrador : renovar os contributos de água a cada 10 dias durante o verão.
- Em solo argiloso : renovar os contributos de água a cada 20 dias.

Cuidado, não se deve esquecer que procuramos educar as raizes : uma planta à quem vamos trazer tudo o que precisa não vai encontrar nenhuma utilidade a procurar no solo os nutrimentos necessários ao seu desenvolvimento, e portanto não produzirá raizes. A rega deve ser feita apenas em complemento, de forma a sempre privilegiar a natureza.

A poda
A trufa do Périgord precisa de um ambiente libertado e ensoalhado : fala-se de um ambiente "aberto". Efectua-se uma primeira poda de formação entre o 2 e o 4 ano em fevereiro /março (após as últimas geadas, antes de tirar o estofo). Vamos tirar qualquer escesso de vegetação ao pé das árvores, nomeadamente drageons. É a poda dita "em cone invertido". Mesmo se no sul da França, onde o sol é mais importante, pode-se menos os ramos baixos que nas zonas mais ao norte, certifique-se em libertar 20 a 25% da base do tronco.
A trufa da Borgonha gosta quanto a ela um meio com sombra. Por isso não é necessário podar.

O parasitismo das novas plantas trufeiras
Os parasitas são os inimigos das novas plantas. Visto que o volume é fraco, não podem defender-se de maneira eficaz. Será necessário portanto ter cuidado os primeiros anos para que as doenças não vêm devastar a sua cultura. Os antifúngicos deverão ser utilizados com precaução, tendo em conta o micélio que cultiva.

 
1) PARASITAS DO CARVALHO:
Parasitas Descrição dos sintomas e riscos Meios de luta
OIDIO (Fungo) - folhagem recoberta de uma feltragem de micélio branco
- enfraquecimento geral do novo vegetal (retomada, crescimento) e portanto indiretamente da micorrização
- luta química preventiva trazendo enxofre colloïdal e micronizada em pulverização nas plantas de final de maio a miado de junho
- fungicida não sistemática curativa Dinocap (Karathane)
LAGARTAS desfolhadoras (lepidopteras) - a partir do mês de abril, a lagarta dobra as novas folhas para construir-se uma choça dentro da qual instala os seus casulos
- se o ataque for importante, a fotossíntese é reduzida e a nova planta enfraquece-se
- a partir do aparecimento das lagartas, frequentemente a partir do momento em que se tira o estofo das árvores: tratar ou com Phosalone (Zolone ®) ou com Diflubenzuron (Dimilin ®)
TORDEUSE VERDE do carvalho Pulgões - a lagarta zeuzère fura uma galeria no tronco ou nos ramos - a partir do aparecimento das lagartas, frequentemente a partir do momento em que se tira o estofo das árvores: faça dois tratamentos tratar ou com Phosalone (Zolone ®) ou com Diflubenzuron (Dimilin ®)
ZEUZERE (lepidóptero) - origem das sementes : variedade Négret com pequenos frutos
- Seca e morte dos ramos
- coloque um fio de ferro na galeria para matar a lagarta
- corte a parte do ramo que contém a larva
Traça (lepidópteros) MINADORA - as lagartas escavam as minas nas folhas
- o epiderme (cutícula para os carvalhos verdes) levanta-se sobre a totalidade ou parte da folha, seca e cai
- se o ataque for importante, a fotossíntese é reduzida e o jovem propágulo enfraquece-se
- Os produtos utilizados para as lagartas defolhadoras convêm bem muito
FERRUGEM (fungo) - manchas castanhas aparecem no final do verão e provocam a seca das folhas
- se o ataque for importante, a fotossíntese é reduzidas e o jovem propágulo enfraquece-se
- pulverização de calda bordelesa (200 g de cobre metal/hl) a partir do aparecimento dos sintomas
2) PARASITAS DA AVELEIRA:
Parasitas Descrição dos sintomas e riscos Meios de luta
BATERIOSE - necroses castanhas na extremidade dos crescimentos lignificados e nos nós.
- nos crescimentos laterais herbáceos : caruncho nos rebentos anulados que provocam a seca dos talos.
- pulverização preventivo de calda bordelesa (200 g de cobre metal/hl) na fase do momento em que se tira o estofo das árvores no outono
- supressão dos ramos portadores de caruncho por uma poda vigorosa.
TENTREDE & SAPERDE (besouros) - as larvas furam galerias nos ramos e troncos * seca dos ramos * se os estragos forem importantes : tratamento à base de phosalone (Zolone ®)

IMPORTANTE : Não utilize um fungicida nem inseticida com antivirale sistemática porque destroem rapidamente o micélio do fungo.

As doses a utilizar são em função das especificidades comerciais de cada produto. Consulte as indicações fornecidas nas embalagens.

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Fase de desenvolvimento do fungo (queimado)
Intervem a partir do 4.o ano, quando as próprias árvores são instaladas e que os queimados começam a aparecer : é a prova do êxito da atividade do micélio. As trufas jà não estão muito longe ! Nota-se que os quemados estarão mais precoces e mais marcados em terreno magro que rico, e com os carvalhos verdes que nas outras espécies.

Trabalho do solo

Trabalho do solo
Todas as intervenções devem agora ser centradas no ciclo ecológico da trufa.
Não será mais questião de trabalhar o solo nem de passar com equipamentos pesados na trufeira de final de maio (formação das pequenas trufeiras) até ao fim da colheita em março.

O solo da trufeira deve ser arejado. É uma condição indispensável ao sucesso da cultura.
Se o solo for compacto (caso dos solos argilosos), há poucas possibilidades de observar uma produção de trufas. O trabalho do solo é realizado com a ajuda de um cultivador, muito superficialmente, entre 5 e 10 cm de profundidade. Diz-se ainda que seria necessário passá-lo sempre na mesma direção para evitar quebrar as raizes. Também é bom afastar-se progressivamente da árvore a medida que tomar idade e volume para não perturbar os micorrizas no início da atividade.

Se o solo for naturalmente arejado, e que decidimos jà não o trabalhar, temos que cuidar a limitar entre as linhas da plantação a concorrência herbácea com as futuras trufas. Basta um simples gyrobroyage.

O trabalho do solo tem para consequência suprimir as raizes perto do solo. As trufas situar-se-ão portanto ligeiramente mais em profundidade de que quando o solo não foi trabalhado. Serão portanto menos sensíveis aos riscos climáticos.

Cuidado, é importante notar que a escolha do trabalho do solo deve ser feita a partir da plantação da sua trufeira. É irreversível. Qualquer mudança brutal no comportamento do seu pomar de trufas arriscaria comprometer fortemente o rendimento das suas futuras colheitas.

A rega

A rega
Falamos aqui de microaspersão.
Trata-se de manter uma certa frescura no solo para ajudar a proliferação do micélio e manter em actividade as radicelas micorrízicas, ou mesmo a formação das primeiras pequenas trufas no início do verão. Tenha cuidado, porém a não regar demasiado : para além da asfixia das raizes, um excesso de irrigação pode também provocar o desenvolvimento de concorrentes micorrízicas ou outras espécies de trufas como o Tuber brumale. Isso exige um conhecimento aprofundado das caraterísticas do seu solo e observar regularmente o estado de seca nos 20 primeiros centímetros, onde situar-se-ão as futuras trufas. Também é necessário registar a precipitação natural com a ajuda de um medidor de chuva que terá colocado num lugar libertado.
A irrigação deve compensar o deficit hídrico. Se o inverno tem sido particularmente seco, pode ser necessário regar a partir do mês de abril para favorecer, a partir dos primeiros aquecimentos primaveris, o início da actividade do micélio. No verão, da mesma maneira, com frequências mais ou menos aproximadas (2 a 3 vezes/mês) dependendo do tipo de solo e dos contributos, vamos compensar a falta de chuva em 20 a 30 mm para cada intervenção.
A irrigação deve também ter em conta a capacidade do solo a reter a água : um solo pedregoso é muito drenado, e pelo contrário, um solo argiloso terá tendência a reter a água.

A deservagem
Com a trufa, preferimos recomendar a ser tão ecológico quanto possível. Na medida em que não se procura necessariamente que a de trufas esteja perfeitamente limpa. Em redor das plantas, os queimados fazem seu trabalho de limpeza. No espaço um gyrobroyage dos vegetais será suficiente. No entanto, não caia no excesso, se o cultiva or de trufas deixa-se ultrapassar pela o tempo, certos herbicidas podem ajudar no uso localizado.

A fertilização
Apenas um teste de solo renovado a cada 3 anos permite seguir com precisão a evolução dos diferentes elementos químicos e orgânicos no solo e rectificá-lo se for necessário. O técnico do laboratório de análise dará todas as recomendações para fertilizar ou melhorar o solo.
Não se esqueça que a trufa torna-se independente da sua planta hóspede quando é formada no final de maio, início de junho : precisa alimentar-se para sobreviver e crescer até o próximo inverno. Parece que, neste momento, ela precisa de elementos orgânicos.
Mas, na matéria, a regra é a prudência. É perigoso brincar aos aprendizes feiticeiros e de fazer demasiado bem.
Antes de generalizar um contributo, mais vale fazer um ensaio em algumas árvores e ver depois os resultados. Em contrapartida, se tiver preocupações quanto a qualidade das trufas, é necessário cuidar o estado cálcico do solo e alterá-lo se necessário (contributo de calcário moído).

A dimensão
As novas plantas foram formadas desdo início. O essencial vai consistir, em seguida, a manter a parte inferior das árvores bem libertadas e a garantir que os ramos laterais não ganhem demasiado espaço, sempre na óptica do "cone invertido". As aveleiras, mais difíceis a podar, podem ser efectuados sobre vários talos na condição de sempre favorecer o sol do solo, garantindo um bom aquecimento primaveril.

Os tratamentos fitossanitários
A medida que as árvores atingirem a sua idade adulta, não temos tanto preocupação quanto ao parasitismo pouco importante que não compromete a vida do vegetal.
Pelo contrário, quando as árvores crescem demasiado rápido, acontece que este parasitismo controla o seu desenvolvimento excessivo (carvalho pubescente, pedúnculo, aveleira).
O parasita o mais observado no carvalho é o oídio que é caracterizado pelo aparecimento de um pó branco nas folhas e o enfraquecimento geral da planta. É tratado com a ajuda de produtos fungicidas não sistemáticos contendo enxofre ou Dinocap.
Na aveleira, o ataque o mais frequente deve-se à bateriose que se manifesta por necroses nos talos e uma seca dos ramos. Não existe nenhum meio de luta químico. A única solução é suprimir os ramos atingidos e de os queimar para evitar qualquer propagação. É também necessário ter cuidado a desinfetar com cuidado com lixivia a tesoura de poda que serviu a cortar os ramos.

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Fase de frutificação

Fase de frutificação
Para o 8.o ano, ou mesmo antes com carvalho verde ou aveleira, se tudo correu bem, a árvore trufeira começa a dar as suas primeiras trufas.
Neste momento, é necessário pensar mais em ensinar o seu cão do que ir trabalhar sem parar na sua plantação.
No entanto, uma manutenção regular, de acordo com a situação, deve ser feita:

Trabalho do solo
Um ligeiro trabalho do solo sobretudo se o terreno foi compactado. As trufas serão maiores se o terreno for flexível. É feito com as mesmas ferramentas com dentes, sempre na mesma profundidade. A época de intervenção é final de março, abril após a colheita das trufas e antes do nascimento das próximass final de maio. Isto permitirá além disso as chuvas primaveris de melhor penetrar no solo e a evaporação estival de ser limitado. Deve também fazer Ciudad à vegetação excessiva (gyrobroyage, deservagem em localização) para não fazer concorrência às trufas em formação.

A rega
"Um verão sem chuva dá um inverno sem trufas". Durante a produção, a irrigação deve permitir tanto obter um bom rendimento de trufas e manter vivas as micorrizas. Nunca devemos esquecer que um excesso de água é também prejudicial que uma falta de água e que ameaça destruir definitivamente uma trufa. Da mesma maneira que à instalação do fungo, a irrigação vai ser gerida em função do seu ciclo ecológico mas também do tipo de solo da árvore trufeira.

Em maio e junho : no momento dos nascimentos, de acordo com o estado de seca na primavera, um contributo de 30 mm/mês em 2 ou 3 vezes parece suficientes. Isso garante o nascimento de um máximo de pequenas trufas.
Julho parece menos importante para a trufa que cresce pouco. No entanto, se este mês for canicular, uma certa humidade irá manter em vida estes nascimentos : uma cobertura de palha pode, neste momento, ser instalada para atenuar os efeitos da seca e temperaturas em jorros.
O momento o mais importante permanece a 1a quinzena de agosto quando a trufa entra numa fase de crescimento e que multiplica o seu peso por 10 ou 15 passando de alguns centigrammes a vários gramas. Neste momento, um contributo de 60 mm de água em 2 ou 3 vezes é recomendado. Como diz o ditado "se chover no dia do são Roch (16 de agosto), as trufas crescem na rocha !".

O fim de estação não deve ser negligenciada porque em setembro/outubro, a trufa continua a crescer. 60 mm em 2-3 vezes para setembro e cerca de 30 mm em outubro vão permitir garantir um bom calibre das trufas de terra.
Em novembro e dezembro, as trufas entram em fase de maturidade ao favor das primeiras geadas outonais ; será necessário abster-se de regar ao risco de congelar as trufas. A cobertura de palha com a ajuda de ramadas, de palha ou outros pode também limitar os estragos do gelo..

A poda
Praticada no inverno, vai evitar à árvore trufeira de " fechar-se " demasiado depressa e a produção de declinar. Em alta densidade e em condição de cultura intensiva, é necessário podar de maneira severa ao longo de cada etapa, sobretudo o carvalho pubescente.

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Pépinières PLANFOR
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