Biodiversidade e Pinheiro bravo

A biodiversidade é a diversidade natural dos organismos vivos.

Depois da última tempestade Klaus, apareceu uma cláusula de diversificação. Tem por objectivo financiar os projectos que favoreçam a diversidade biológica.

Qual o interesse da biodiversidade para os silvicultores?

A biodiversidade permite que o ecossistema florestal das Landes possa funcionar de forma equilibrada. Participa na diminuição dos riscos sanitários na reflorestação do pinheiro bravo. A preservação da biodiversidade é conciliável com a actividade de produção do maciço das Landes. Cada parcela de floresta não tem que receber muitas espécies. Cada silvicultor deve assim estabelecer prioridades: as espécies, as populações ou o habitat mais importante a conservar.

Diferentes operações para manter e diversificar a biodiversidade:

- Gerir as formações de plantas de folhas já existentes: Entram neste grupo as zonas em limite dos bosques, as pequenas florestas de plantas de folhas, as plantas ribeirinhas, os bosques cerrados e as formações mistas.
A diversidade tem um papel importante no funcionamento do ecossistema das zonas de pinheiros. É um refúgio para os pássaros mas também para os predadores de insectos. Além disso, é propício ao desenvolvimento de cogumelos comestíveis.

- Criação de formações de plantas com folhas: Entram neste grupo as zonas em limite dos bosques, pequenas ilhas de matagal ou ainda as zonas junto aos ribeiros de água. As essências devem ser escolhidas de acordo com o tipo de Landes. Tal como a gestão da formação de plantas com folhas, isto é favorável às espécies auxiliares. O risco sanitário é diminuído. As árvores devem ser protegidas e isto torna o custo mais elevado. Já há muito tempo, a Planfor produz plantas de folhas para poder ter uma valência de diversificação das essências do maciço das Landes.

- Preservação das lagoas, charcos e pequenas depressões húmidas: As lagoas são testemunhos da presença de água mas também são vulneráveis e em regressão. As lagoas são meios bastante raros fazem sobressair a diversidade excepcional do maciço das Lande na Gasconha.

- Manter os meios abertos: Trazem biodiversidade complementar à medida do maciço. Permite melhorar a capacidade de acolhimento dos cervídeos e diminui os estragos nas plantas jovens. Estas zonas devem ser cuidadas.

Que podemos fazer para além do plano chablis ?

- Conservar as plantas com folhas na orla dos bosques das plantações de Pinheiro Marítimo.
- Melhorar a qualidade silvícola das plantações de árvores de folhas (monda, selecção...).
- As clareiras devem ser cuidadas para controlar a colonização (serem roçadas ou passar a gadanha...).
- Para as zonas húmidas deve ter-se o cuidado de deixar uma zona sem vegetação entre 10 a 50 metros. Mas também se deve cortar os cimos das plantas e os resíduos ou restos de plantas e árvores.